Um ponto primordial para a sobrevivência das empresas e, principalmente, para garantir a segurança financeira do empreendedor é a correta distinção entre o que é referente à empresa e o que é vida pessoal. Essa necessidade se dá em diversas áreas, mas se mostra mais claro em relação às finanças.
Dados recentes sobre as principais causas do fechamento dos pequenos negócios demonstram a importância que os itens financeiros têm para a sobrevivência e o crescimento desse segmento econômico.
Pode-se acrescentar a essas causas a interação inapropriada entre os recursos financeiros particulares do empreendedor e os da empresa, isto é, a dificuldade em separar as despesas pessoais dos gastos do seu negócio.
Considerando o fato de que a grande maioria das empresas de pequeno porte é de origem familiar, em muitos casos, o empreendedor acaba retirando recursos financeiros da empresa para efetuar o pagamento de suas despesas particulares, acarretando a descapitalização do negócio. Para uma boa gestão de empresas familiares, é essencial a separação entre as questões financeiras de ordem familiar e as questões financeiras de ordem empresarial.
O primeiro passo, nesta fase de diagnóstico, é verificar se a situação descrita acima está ocorrendo em seu negócio. Após essa etapa, é preciso a imediata e gradativa separação entre as suas contas bancárias particulares e as de sua empresa. Contas bancárias da empresa só podem ser utilizadas para pagamento das despesas da empresa.
Veja algumas orientações relacionadas ao tema:
- Para o pagamento das despesas particulares, você deverá planejar uma moderada retirada periódica de recursos, a título de pró-labore (nome dado ao salário do empreendedor). O valor é definido em função da possibilidade de pagamento da empresa e não em função das necessidades pessoais do dono. Se for insuficiente, você deverá completar com a distribuição de lucro;
- Antes de tudo, você precisa saber o valor do lucro líquido que a empresa está ou estará gerando (previsão para os próximos meses);
- O valor das retiradas programadas, além do pró-labore, não poderá ser maior que esse montante de lucro, para não descapitalizar a empresa;
- É importante lembrar que é prudente deixar uma parte dos lucros gerados para a realização de futuros investimentos;
- Converse com seu contador para que possa ser orientado nesta ação.
Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.
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