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Barras de Access: conheça este mercado e como ser terapeuta

Como empreender sendo facilitador ou praticante em Barras de Access

O Brasil é, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país mais ansioso do mundo: são 8,6 milhões de brasileiros que sofrem com o distúrbio, o que corresponde a 9,3% da população.

Mas a ansiedade não é a única doença que aumentou o número de pacientes no Brasil e no mundo: a depressão é outra patologia que tem mais e mais vítimas diariamente. Já a rotina atual moderna, causada pelo excesso de informação, trabalho e tarefas, fez com que outras doenças surgissem, a exemplo da Síndrome de Burnout, também recentemente reconhecida pela OMS.

Diante desta perspectiva em que a saúde emocional e mental pede socorro, a demanda por tratamentos terapêuticos tem crescido nos últimos anos – assim como o número de oportunidades para pessoas que almejam trabalhar na área de desenvolvimento pessoal.

Existem até novas possibilidades de tratamento, entre as quais se destacam as Barras de Access.

Criada pelo psicólogo norte-americano Gary Douglas em 1990, as Barras de Access também conhecidas como Access Consciousness compõem 32 pontos mapeados ao redor da cabeça, que correspondem a aspectos do comportamento humano em relação aos diversos setores da vida, como paz, alegria, bondade, calma, tristeza, sexualidade, criatividade, poder e dinheiro. Os pontos são componentes eletromagnéticos de todos os pensamentos de uma pessoa, assim como suas decisões e crenças relacionadas aos sentimentos. Bloqueios nesses pontos impactam a auto realização pessoal, de acordo com Douglas.

Case

Com larga trajetória em uma grande instituição bancária, Adriana Caeiro ganhou o curso de Barras de Access de presente em agosto de 2017 – carreira na qual investiu como um novo rumo profissional após demissão do banco. Meses depois, em novembro do mesmo ano, ela passou a facilitar o curso de Barras de Access ao lado Vilma Viana, que hoje é parceira de negócios.

Adriana descreve Access como uma forma de libertação para tudo que está buscando na vida, experiência que ela vive constantemente. “O cliente chega mudo, todo travado para a primeira sessão. Na próxima, ele chega cantando. Como dizer que não mudou?”, observa.

Ainda que haja bastante desconfiança ante as novas técnicas terapêuticas, Adriana Caeiro ressalta a seriedade das Barras de Access, já que a ferramenta é altamente monitorada. Primeiro porque todos os profissionais são certificados pelo mesmo processo internacional da Access Consciousness, que detém também um banco de dados em que são registrados todos os cursos, classes e workshops facilitados por quem já é habilitado, a fim de compartilhar experiências, mensurar estatísticas, identificar novos cadastrados com todos os membros, inclusive os fundadores.

Mercado

De acordo com a Adriana, o mercado de Barras de Access está em plena ascensão, especialmente no Brasil, que registrou a formação de 192 novos facilitadores segundo o último boletim de Access Consciousness.

Ainda que o número de profissionais na área tenha aumentado, esta crescente não é vista com preocupação pela especialista. “Não tenho o ponto de vista de que a expansão é ruim, pois é um processo de grande empoderamento do ser humano. Se ficar contando com isso [de que ter mais profissionais no mercado é negativo], contrai-se energia de expansão”, comenta.

Requisitos

Para iniciar a trajetória em Barras de Access, o primeiro passo é investir R$ 1.100 no curso de formação. Em seguida, o interessado deve repetir o curso de formação mais duas vezes com facilitadores diferentes, ocasiões em que receberá 50% de desconto no investimento. Vale ressaltar que os valores são tabelados pela Access Consciousness.

Preparados, os facilitadores cobram entre R$ 150 a R$ 350 por sessão em media. Não há recomendação definitiva sobre a quantidade de sessões para cada cliente. “O que Gary Douglas diz é: ‘se presentei com 10 sessões’, mas isso não é uma regra ou formula”, acrescenta Adriana. 

Ainda sobre a precificação dos serviços, o fundador da ferramenta recomenda que o valor de cada sessão não seja inferior a 50 dólares (que atualmente equivale a R$ 225). “Mas na realidade atual do Brasil, muitos profissionais não se sentem confortáveis em começar já cobrando esse valor”, continua a terapeuta e facilitadora de Barras de Access.

A especialista conta ainda não há requisitos para ser praticante de Barras de Access. Para os atendimentos, recomenda-se que o profissional tenha um ambiente confortável em que o cliente possa se deitar. Pode ser uma maca, cadeira reclinável ou até um divã.  Caso o equipamento seja de fácil transporte, é possível até atender a domicílio.

Público-alvo

Quem procura as Barras de Access como terapia? Adriana conta que são majoritariamente mulheres preocupadas com o autoconhecimento e que buscam uma vida melhor. Este público toma conhecimento das Barras de Access como terapia por meio de Pesquisas na internet.

No entanto, Adriana ressalta a importância da excelência do atendimento como diferencial de divulgação, tendo em vista que muitos clientes investem no tratamento ou na formação por indicação de amigos e clientes.

Outra estratégia de divulgação é o convite. Afinal, Adriana comenta que o investimento em Barras de Access decorre de uma escolha do cliente e a ferramenta trabalha com essa energia de acolhimento e expansão do ser.

Já práticas não recomendadas para angariar clientes são descontos nos cursos, tendo em vista que são tabelados e valores discrepantes nas sessões desvalorizando a ferramenta  ou mesmo dizer que o seu tratamento é superior ao de outros profissionais.  “Pois a energia do Access não é essa”, adverte Adriana Caeiro.

Além dos convites, Adriana aposta em marketing de conteúdo, com artigos explicando o que é a ferramenta. Mais uma forma de conquistar clientes é a promoção de eventos e encontros. “Fiz assim e das oito pessoas que foram ao encontro, duas fecharam o tratamento”, comenta.

Por fim, mais um caminho de divulgação são as redes sociais, em especial no Instagram. “É o meu espaço para atingir mais e mais pessoas, principalmente mulheres que querem mudanças e ainda não conseguem porque precisam se fortalecer, se empoderar de si para mudar a vida em todos os aspectos, finaliza a especialista.

Camila Bez

Jornalista especialista em contar histórias de superação. Feminista, sonha em criar um mundo mais igualitário e justo para as mulheres por meio da informação e do empoderamento econômico.

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