De quanto você precisa para investir no seu negócio e transformar um sonho em realidade? O microcrédito pode ser uma boa alternativa, desde que muito bem planejada, para fazer a sua empresa começar a voar. E, diante da escassez e maior rigor apresentada pelos bancos antes de aprovar empréstimos para micro e pequenas empresas, o governo federal lançou uma de financiamento de R$ 5 bilhões a partir dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Para conseguir este crédito, micro e pequenas empresas podem recorrer ao Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe) do Sebrae, programa que garante, por meio de garantias, até 80% do financiamento nas modalidades: aquisição de equipamentos, instalações, veículos utilitários e obras civis necessárias à implantação, modernização, ampliação ou relocalização da empresa, inclusive o capital de giro associado. “Para aprovação de crédito, os bancos exigem 30% a maior que o valor solicitado em garantias e sabe-se que 33% das negativas são justamente esta falta de garantia. Então, o Sebrae repassa esta garantia ao banco, a fim de facilitar o processo de liberação do crédito”, explica Douglas Almeida, responsável pelo Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae.
Procedimentos
Para conseguir crédito com o auxílio do Sebrae, a empreendedora deve planejar minuciosamente seu negócio, a fim de apresentar viabilidade financeira. Em segundo momento, ela deve procurar o Sebrae, onde receberá um diagnóstico financeiro com foco em gestão, além de orientação para avaliar se aquele crédito é realmente plausível e como a solicitação deve ser justificada.
Por fim, ela deve apresentar o projeto de investimento ou plano de negócio a uma instituição financeira. “É o momento mais crítico se vender para o banco”, adverte Guilherme Afif, presidente do Sebrae. “Atrair crédito para a micro e pequena empresa abre maior horizonte financeiro para ela. Mas os empreendedores sempre tiveram pavor em falar de crédito. Ressalto a necessidade de orientação de crédito, já que este recurso pode ser um grande benefício ou um grande veneno, pode agravar o problema financeiro da empresa se mal gerenciado”, analisa Afif.
Alternativas
Douglas Almeida adverte, no entanto, a dificuldade de pequenas empresas em ter acesso a empréstimos pelos bancos. No caso dos microempreendedores individuais (MEI), comprovar faturamento é um dos grandes entraves. “Como não é necessário ter contador, a única garantia que ele tem para pagamento da dívida é a declaração anual. Assim, muitas instituições preferem conceder o crédito para a pessoa física em vez da jurídica”, conta ele.
Assim, em alternativa aos bancos, o especialista do Sebrae sugere que as empreendedoras procurem empresas especializadas em microcrédito, a fim de viabilizar os investimentos necessários para a expansão ou consolidação dos seus negócios.