Uma das maiores dificuldades iniciais de quem quer se jogar no mundo dos negócios é definir o produto ou serviço que vai oferecer ao público. Porém, enfrentam ampla concorrência praticamente em todos os setores já disponíveis no mercado. No entanto, o que muitos empreendedores não sabem é a possibilidade de criar empresas de caráter social, em que o objetivo é resolver ou minimizar problemas da comunidade.
Negócios Sociais são empresas que têm a única missão de solucionar um problema social, são autossustentáveis financeiramente e não distribuem dividendos. Um bom exemplo é o Grameen Bank, criado pelo professor Muhammad Yunus (vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2006 pelo projeto), em 1976. Especializado em microcrédito, o Grameen Bank foi criado para erradicar a pobreza no mundo e desde então já emprestou mais de 12 bilhões de dólares (mais de R$ 36 bilhões), sendo que 97% dos tomadores são mulheres. Além de impactar e beneficiar 36 milhões de pessoas apenas em Bangladesh, a atuação do banco impulsionou o desenvolvimento pessoal destas famílias, já que 99% dos filhos dos tomadores hoje são alfabetizados.
Iniciativas brasileiras
Capitaneada pelo pernambucano Caio Guimarães, a B1 tem como objetivo eliminar em horas bactérias resistentes a antibióticos com frequência de luz. Já a iniciativa da Vuelo, das empreendedoras Adriana Tubino e Itiana Pasetti, transforma câmaras de pneus e nylon de guarda-chuvas em bolsas, carteiras e acessórios. Mais que reaproveitar materiais, as gaúchas se preocupam não só com o impacto ambiental do negócio, mas com toda a cadeira de produção e logística reversa.
Social Business Lab
Nos dias 12 e 13 de agosto, a Yunus Negócios Sociais Brasil promoveu o workshop Social Business Lab, que contou com a participação de 25 futuros empreendedores em São Paulo. Além dos cases, os participantes aprenderam diversas ferramentas para desenvolver uma empresa social vencedora e participaram de dinâmicas em grupo para identificar problemas e criar modelos de negócios.