Lançado em 1971, a Fantástica Fábrica de Chocolate se sagrou como um clássico do cinema, tanto que ganhou um remake em 2005. Os pequenos grandes destaques do filme são os Oompa-Loompas, humanoides que representam uma espécie de conexão entre o protagonista Willie Wonka e sua criança interior. E este é o propósito de Lígia Zeppelini, que, inspirada pelo filme, criou uma escola de empreendedorismo para crianças de 0 a 100 anos.
“Quero despertar a criança interior por meio do trabalho delas. Empreendedorismo não é só ter uma empresa para chamar de sua, mas empreender a própria vida. Porém, na maior parte das escolas, você não tem tempo para isso e e conduzido para encontrar um emprego e ser uma caixinha”, conta a paulistana, que teve a oportunidade de estudar em uma escola diferenciada, com aulas de culinária e teatro na grade.
Mas empreender não foi uma novidade vida de Lígia. Formada em Administração, ela sempre trabalhou no mercado corporativo e investia nas próprias ideias. Graças à experiência, ela criou, ainda em 2008, o Bate-Papo sobre E-commerce, primeiro evento especializado sobre e-commerce no Brasil.
Já a UpaLupa existe desde 2005 e recentemente ganhou formato de escola, com metodologia própria que Lígia leva para escolas, universidades e empresas. Porém, não é só empreendedores que Lígia desenvolve, mas todo tipo de sonho, como ter uma banda, carreira artística, entre outros. “Tem uma faculdade no sul de Minas, por exemplo, que nos contratou para fazer um programa com funcionárias e alunas”, comemora ela, que também já levou seu programa para a TV Cultura e Natura.
Dicas
Apesar de levar as carreiras em paralelo, Lígia decidiu optar apenas pelo empreendedorismo em 2011 por questão de saúde. Também queria ter mais flexibilidade, mais convivência com a família e ver a filha crescer. E para quem quer seguir seus passos, ela aconselha a conversar com pessoas da sua área. “Tanto no empreendedorismo quanto na maternidade, fala-se em um mundo de glamour, mas não é só isso. Hoje as pessoas acham que se elas não forem empreendedoras, elas não existem. Mas tem muitos intraempreendedores que são felizes e tudo bem. Só não vale entrar no empreendedorismo por embalo”, adverte.
Outra dica importante na visão de Lígia é não ter vergonha dos próprios sonhos. O dela é ser atriz. “Quero fazer tudo junto. Tenho muita vontade de entrar nas empresas para palestrar e desenvolver o programa vestida de UpaLupa”, finaliza.