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Assistente virtual: o modelo de negócio criativo de Camile Just

O grande desafio de vida de Camile Just é “deixar as pessoas felizes por meio do processo de autoconhecimento que ela desenvolve há algum tempo”. Mas não, ela não é coach. Camile criou um novo modelo de negócios: o de ser uma assistente pessoal, tarefa que requer profissionalismo, um perfil bastante analítico e também comprometimento, características que ela deixa bastante implícitas já no tom de voz calmo que tem.

Apesar do talento que tinha para atuar no varejo, segmento em que trabalhou por anos, Camile percebeu que seu dinamismo não se limitava ao mundo corporativo. “Nos últimos anos comecei a ter uma angústia muito grande de estar presa em quatro paredes, sendo que há muitas possibilidades no mundo, muita gente para conhecer.”

Camile então decidiu mergulhar de corpo e alma no empreendedorismo. Depois de meses sabáticos, em que descansou e dedicou o tempo para a filha e também para se cuidar, ela teve a ideia de criar a Just – Assistente Virtual, lançada em janeiro. “O diferencial da Just é assumir tarefas para que os empreendedores possam se dedicar à essência dos negócios deles, enquanto eu já consigo identificar melhorias nos processos, para dar uma estrutura de grande empresa para pequenas e médias”.

Soluções engessadas?

E você sabe quanto custa o serviço da Camile? Nem ela. Isso porque as soluções são personalizáveis de acordo com a necessidade da empresa. Assim, depois da primeira reunião é que a empreendedora consegue identificar quais são as demandas, até porque muitas vezes o cliente pensa que precisa de determinadas soluções, quando na verdade precisa de outras. A estratégia de Camile, que reside em Curitiba, tem dado certo. Hoje ela já soma seis clientes recorrentes, que ela conquistou oferecendo protótipos ou cobrando preços diferenciados.

Os próximos passos da Just agora se concentram em formar uma rede de assistentes virtuais com prestadores de serviços para trabalhar em rede. “A dificuldade maior que vejo e tenho é a questão mais prática. Quando fui montar meu site, vou eu sozinha montar o site. Vamos montar o SEO do site? Lá vou eu sozinha fazer isso. As coisas aconteceriam mais rápido se eu tivesse um assistente virtual para mim”, diverte-se.

Outra dificuldade superada por Camile foi a superação da timidez. “No começo tive de me obrigar a falar com pessoas nos eventos”, admite, aconselhando que as empreendedoras que estão iniciando seus negócios mostrem-no para muitas pessoas. “Não tenha medo de que vão roubar sua ideia, pois conheci pessoas incríveis que hoje são parceironas minhas em eventos”, continua.

Já sobre os benefícios de ter o próprio negócio, Camile resume a experiência como “uma transformação positiva total”. “Hoje tenho tempo para focar no meu desenvolvimento pessoal e pessoal da minha filha, tenho tempo de estar com ela. Antes a gente fazia lição pelo WhatsApp. Gosto de ter tempo para falar de assuntos que quero que ela aprenda”, finaliza.

Camila Bez

Jornalista especialista em contar histórias de superação. Feminista, sonha em criar um mundo mais igualitário e justo para as mulheres por meio da informação e do empoderamento econômico.

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