Se você perguntar à Leidiane quem é ela e como se descreve, ela responderá com várias qualidades. Palestrante, mãe, dona de casa, família, forte, determinada, muito ligada às questões do meio social, muito ligada ao bem estar. Mas a característica que mais se sobressai é a calma, presente na voz e até na tranquilidade que esta gestante de 29 anos demonstra ao listar todas as atividades que desempenha.
Psicóloga e coach, Leidiane tem a própria clínica, atende duas vezes por semana em uma instituição para idosos e aos domingos é psicóloga de guarda mirim do Instituto da Criança e do Adolescente. Mas o principal foco do seu trabalho é empoderar mulheres. “O empreender muitas vezes já vem das mulheres, elas já têm esta vontade, mas não se autoconhecem. Dispersam e não têm equilíbrio para manter um negócio”, observa Leidiane.
Especializada em Recursos Humanos, a psicóloga conta que decidiu deixar o mercado corporativo para buscar algo a mais. E foi assim que ela decidiu investir na formação em coach. “Fiz coach para ter mais conteúdo para trocar com coachees e pacientes. A informação tem que girar e a formação gera muito conhecimento, que tenho buscado para empoderar as mulheres porque nós precisamos de mais atenção”, continua.
Mas a transição não foi tão simples. Para clinicar, Leidiane usou como estratégia dar palestras gratuitas sobre saúde mental. E, consequentemente, ela começou a ter pacientes e indicações. “A dificuldade de sair de uma empresa para ter o próprio negócio é o conflito que a mudança gera. Tive receios, por conta do salário. Depois tive de ser forte e muito focada, para ir atrás de escola, de parcerias e das redes sociais, para que eu entendesse a dinâmica, tivesse conhecimento e pudesse me inserir naqueles meios.”
Foco
Leidiane percebe que ser multitarefa pode ser prejudicial às mulheres. “Às vezes ela está em 21 situações, mas nem sempre ela consegue realizar aquela tarefa na essência. Se ela está com filho, ela está pensando no trabalho. Gera conflitos e ela se vê enfraquecida.”
Para contornar tal situação, Leidiane recomenda que as mulheres invistam no autoconhecimento. “Ela precisa saber os limites dela, como manter o equilíbrio emocional, que tipos de atitudes ela precisa ter em determinados momentos. Para mim empoderamento é isso. A mulher destemida, avassaladora, não vê limites porque ela é uma mulher. Ela percebe que pode ir aonde quiser, dentro dos seus propósitos”, resume.
Além de um parto tranquilo – que está previsto para a segunda quinzena de agosto-, o sonho de Leidiane é fazer com que seu trabalho alcance mais e mais pessoas. “Não penso em valores, mas em alcançar mais mulheres com o oobjetivo do empoderamento, ajudando-as a ter o enfrentamento, a se superar, a crescer, a se desenvolver, a se amar mais, a ter autoestima. Este é um trabalho que faço com o maior gosto”, conclui.