Basta uma carta fora do baralho para acharmos que é o fim de tudo. Basta uma peça do quebra cabeças insistir em desencaixar sem aviso prévio ou algo sair do “devido” lugar e, pronto, a bagunça está feita…. o caos se instaura e a desarmonia está armada.
Nessa nossa vida de correria e tempo contado, basta uma tecla do piano quebrar para considerarmos que o piano todo está inutilizado. Quando, no dia a dia, nos deparamos com situações inesperadas ou contratempos, por diversas vezes perdemos o rumo e o humor.
Dependendo do grau do inesperado, muitas vezes acreditamos que é mesmo o fim de tudo. Sentimos nos primeiros cinco minutos que é o fim do mundo. Muitas vezes esse choque com a realidade, se estende um pouco mais e dura umas “poucas” 24 ou 48 horas (risos).
Pensamos “estava tão confortável assim, desta maneira”, “nesta configuração”, “estava tudo tão “certinho” e “perfeito”. Por qual motivo o “mundo” ou “o outro” insiste em mudar logo agora? Insiste em desequilibrar? Em desarmonizar? Basta aparecer uma pedra no meio do caminho para nos perguntarmos: “E agora, José, o que fazer?”.
Quando algo ou alguém – que está diretamente ligado a nossa dinâmica do dia a dia – insiste em fechar um ciclo (para iniciar um novo) ou se posicionar de uma forma diferente (buscando resultados diferentes), ou ter uma decisão explicitada (para seguir outros rumos), nos sentimos perdidos e sem controle.
Ao nos depararmos com estes momentos, em que apenas uma peça está fora do baralho mas que esta é capaz de “desequilibrar” todo o sistema do nosso do cotidiano, nos deparamos com o “fim de tudo” e por pelo menos uns cinco minutos somos incapazes de enxergar uma solução além do “acontecimento”.
Buscar uma nova solução nos força a movimentar todos os âmbitos da nossa vida em busca de retomarmos o equilíbrio e a ordem anteriores.
É incrível como desejamos ter o controle de tudo e tudo sob controle. Vivemos nessa busca incessante, de manter tudo “como está”. Na maior parte do tempo, acreditamos que: o “como está” é o “como deve ser”. E isso quer dizer que costumamos permanecer no mesmo lugar, vivendo da mesma forma, na “mesma configuração”, até pelo menos aparecer algo inesperado ou novo que nos “force” a sair da zona de conforto.
Quem nunca se sentiu assim: vivendo no automático? Tendo na mão um controle remoto incompatível com a sua TV, que não te permite nem mudar de canal?
Acontece que a vida é feita de ciclos que iniciam e findam. Muitas vezes o novo início para alguém, significa um término para o outro. E assim, a vida vai apresentando ciclos que muitas vezes nos pegam de surpresa. Ciclos que nos trazem “boas novas” (ou nem sempre) mas, que nos tiram da zona de conforto. E, também, ciclos que finalizam e, nos deixam saudosos e, que nos deixam na zona de desconforto.
A grande verdade é que tudo aquilo a qual não estamos habituados nos apresenta uma nova realidade que não estávamos acostumados. E isso é desconfortável. Lidar com o novo é desconfortável. E esta nova dinâmica, nos exige uma energia extra para retomarmos a ordem de tudo, se é que a ordem existe.
A vida é feita de ciclos. De início, meio e fim. Ciclos que acontecem em pequena ou grande escala, mas que ocorrem (um pouco) todos os dias. Então, lhe pergunto: Por que se assustar tanto com os inícios e fins? Por que se assustar tanto com o N-O-V-O?
Para a renovação acontecer, é preciso que o velho dê lugar ao novo. É assim que ocorre na natureza e, na nossa vida não é diferente.
A verdade é que o fim de tudo não existe. O fim de tudo, ao enxergarmos de outra perspectiva, representa o início de um novo ciclo. Uma novidade. A celebração de um novo ciclo só inicia com o fim de um ciclo anterior e, vice e versa.
Que nos façamos atentos ao novo que nos é apresentado todos os dias e, que na correria do dia a dia não somos capazes de enxergar. Então, que estejamos atentos ao que realmente importa, que é não ter o controle de nada. Sabendo que tudo é passageiro, nada permanente.
E que caiba a cada um de nós, enxergar a ordem e o caos que vivenciamos um pouco a cada dia, para que tenhamos a coragem de realizar grandes mudanças quando julgarmos melhor e, não somente, quando a vida nos empurra para o novo.
Afinal, é muito melhor que a mudança seja uma escolha somente sua e, não uma imposição do outro ou da vida! Então, me diga: O que você gostaria de ter diferente do que você tem na sua vida profissional hoje? [Liste pelo menos 3 respostas diferentes para a pergunta acima].
O primeiro passo para construir a nova realidade que você tanto deseja viver é entender o que gostaria que estivesse diferente do que está! Tudo começa com o primeiro passo, dê o seu!
“Um jornada de mil quilômetros começa com um único passo.”
Lao-Tsé