Atualmente muito se fala sobre o sagrado feminino, tema de grande importância para nós, mulheres. Mas o que poucos sabem é que este poder feminino tem mais impacto no empreendedorismo do que a gente imagina.
No último texto, falei sobre a importância de mapear os sentimentos para conquista autonomia (http://bit.ly/mapeandoossentimentos) – autonomia que é essencial para quem tem ou quer ter um negócio.
Este segue como complemento ao anterior, porém, com um toque VMP (vermelho, modificador e poderoso). Vermelho porque nos remete ao sangue menstrual, modificador porque somos cíclicas, temos a “artimanha” de sermos uma a cada dia e poderoso porque temos o poder interno de nos transformamos em um ser maior do que já somos.
Somos Mulheres. Ser Mulher é ser dona de si quando nos permitirmos ser.
E sabem o mais curioso ao estar discorrendo sobre esse tema? É que o meu mundo é masculino. Eu sou prática, fiz cursos tradicionalmente mais masculinos, como mineração e engenharia (mas este cenário está mudando!). Sempre gostei mais de ter amigos homens e trabalhar com homens. E foi esse meu lado masculino que me ajudou na ascensão profissional, a enfrentar os desafios que eu sempre busquei. Adoro desafios! Foi esse meu lado masculino que também me impulsionou para o empreendedorismo, sem medo se daria certo ou não. Simplesmente fui!
Mas calma lá, não posso simplesmente enaltecer somente o meu lado masculino, pois é o feminino que nos traz o equilíbrio e o poder transformador da criatividade e do empreender. Eu demorei a entender isso. E confesso que ainda tenho muito a aprender. Estou em processo de autoestudo. Não somos fáceis de entender não! É fato! Se não nos entendemos, quem dirá os homens ;-).
Poder intrínseco
Meninas, nós temos um grande centro de criatividade que muitas vezes se encontra bloqueado por vários motivos. Vocês conseguem imaginar qual seria esse centro? O nosso útero.
Somos capazes de gerar um ser humano! Querem um centro de criatividade maior? Compreendem que muitas vezes bloqueamos esse centro? Cada uma tem sua história de vida, e aqui cada uma poderá parar, mapear seus sentimentos e refletir se existe algum bloqueio que as impede de criar, de entender sobre aquilo que você quer fazer e não consegue, sobre aquele projeto que você quer colocar em prática e não consegue, sobre aquela ideia que não sai do papel. Por que será?
E antes que me perguntem sobre as mulheres que não podem ter filhos ou que tiraram seu útero por alguma questão: sim! Elas também possuem esse centro de criatividade. A energia do poder feminino está ali, com ou sem útero, com ou sem filhos. O que vale é nos conhecermos e nos aceitarmos com todas as nossas dificuldades.
Alguma de vocês tem dificuldade em aceitar a menstruação? Sabia que o sangue diz muito sobre a gente? Ao aceitar a menstruação como parte do nosso poder, do nosso ciclo, estamos aceitando o nosso sagrado feminino e permitindo nos entendermos melhor junto as nossas fases – mulher de fases: Tensão pré-menstrual, menstruação, fase ovulatória e período fértil. Depois tudo novamente. Somos como a Lua, temos 4 fases em apenas um mês. Vejam que maravilhoso é isso.
Eu sei, a TPM é um período crítico para a maioria de nós. Mas sabiam que essa fase é onde temos a oportunidade de criar? Porque estamos mais introspectivas, mais voltadas para dentro, mais sensíveis.
Fases mais propícias
Então meninas, aproveitem essa fase para a criação do seu negócio, para desenvolver novas estratégias, para escrever e desenhar as ideias, insights. Coloque tudo no papel e espere para aplicar após a menstruação. Que tal no período fértil? Humm é nesse momento que estamos no ápice do ser mulher, nos sentimos mais bonitas, atraentes e poderosas. É um ótimo momento para praticar no empreender. E, cá entre nós, no sexo também.
Outro dia assisti uma palestra incrível de uma super profissional (do tema o poder feminino), Juliana Sherilan, e dela ouvi o seguinte: “Muitas mulheres se frustram também nos negócios, além de outras áreas da vida, porque guardam o tesão na fase mais atraente para elas, a fase fértil. E um dos motivos é a não prática sexual por medo de engravidar.”
Isso faz muito sentido, não faz, meninas?
Deixo vocês refletirem sobre essas poucas linhas, pois o tema é muito extenso e pediria muitos textos com esse. Mas acredito que vocês se sentiram “cutucadas” assim como eu me senti quando fui convidada a adentrar nesse universo feminino, já valeu a pena. E, acreditem, vale a pena. Não é mimimi de mulher, não. A nossa conexão com o eu reflete no que queremos ser e no nosso papel aqui neste mundo, com a nossa missão de vida.
Mais uma coisinha para pensarmos: como empreendedoras o que podemos tirar disso tudo? Qual o seu propósito como empreendedora? O que você tem para compartilhar com os outros? Não é mais fácil começarmos por nós? Depois ficará mais fácil entender o que eu quero oferecer para o outro. Não acham? Fica a dica!
Até a próxima!