Quimono japonês, estampas africanas e, claro, toda exuberância da criatividade brasileira. Estas e muitas outras referências de diversos países estão presentes na moda infantil da Dendelândia, projeto criado pela designer de moda Vanessa Silva – projeto que ela, aliás, criou ainda na faculdade, em 2012, como Trabalho de Conclusão de Curso, e que agora está ganhando cada vez mais espaço como loja virtual.
“Trabalhei com vendas em empresas brasileiras e internacionais, assim como produtora de moda e objetos para revistas. Mas depois de um ano do término da faculdade, a Dendelândia foi ganhando corpo. Pensei: ‘Por que não colocar um projeto validado na academia no mercado?’”, lembra Vanessa.
Para se diferenciar em um mercado tão amplo, Vanessa aposta na composição das cores como principal diferencial das roupas produzidas para crianças de até oito anos. “A mistura de estampas usamos nas peças, sempre com a proposta de multiculturalidade. Olhamos o mundo inteiro para criar peças super brasileiras, afro em detalhes e até modelagem mais oriental”, continua.
Dificuldades
Assim como a grande maioria das empreendedoras que iniciam seus projetos sem capital, uma das dificuldades de Vanessa foi financeira. Outro ponto foi enfrentar o próprio mercado restrito da moda. “Neste segmento, as pessoas não se comunicam muito, ninguém fala o que está fazendo, não há troca de ideias”.
No entanto, as vantagens superam os desafios, desde a administração do próprio tempo, até ser mais ousada na criação dos produtos. “Insiro referências que o mercado talvez não aceitasse, mas que a ideia foi validada por um, por outro e por outro”, continua.
Consolidação
Em fase de crescimento, Vanessa está sempre investindo nos próprios talentos, fazendo cursos, consultorias com o Sebrae. E a empreendedora de São Paulo investe em diferentes estratégias de divulgação. “Fora o site, faço eventos esporádicos, feiras e bazares, que possibilitam que o cliente toque os produtos.”
O próximo passo da Dendelândia agora é alcançar ainda mais pessoas. “Meu sonho, como trabalho com diversas culturas, é fazer com que as roupas cheguem em todos os lugares, não só no Brasil, mas internacionalmente também”, conclui.