Carro, moto, home theater, celular, TV de 40 polegadas, frigobar, pipoqueira… A lista de conquistas de Adriana Souza, 42 anos, é imensa. Isso sem contar o lucro que tem como executiva de vendas autônoma da Avon, já que, além de revendedora, ela conta com uma equipe de 200 mulheres, das quais recebe parte dos resultados das campanhas periódicas promovidas pela marca.
Paulistana radicada em Porto Alegre há sete anos – para onde se mudou para acompanhar o marido-, Adriana é psicóloga e trabalhou em grandes bancos e também no varejo, nas áreas financeira e gestão de pessoas. Devido à mudança, ela abriu o próprio consultório, em que além de clinicar, ela também fazia palestras de moda aliada à autoestima. “Há dois anos minha mãe ficou muito doente e tive que me ausentar muito no consultório. Infelizmente tive que passar meus pacientes para algumas colegas e dar alta para outros. Minha mãe faleceu e entrei em depressão. Cinco meses depois, por meio de uma amiga, entrei na Avon e onde estou atualmente”, lembra.
Há quase dois anos trabalhando como revendedora, Adriana conta que para se destacar neste segmento é preciso ter visão estratégica do negócio. “As revendas de catálogos infelizmente para a maioria são encaradas como bico”, conta a empreendedora que pretende revolucionar esta visão de informalidade tida como senso comum entre as próprias revendedoras com treinamentos. “É preciso inovar, usar o produto, divulgar, visitar, usar as redes sociais e ser sincera com seu cliente. Mas a maioria trabalha em outra atividade e simplesmente deixa a revista em cima da mesa para a cliente folhear. Muitas tão pouco conhece os produtos”, aponta.
Segundo Adriana, há duas formas de obter lucro na revenda especificamente no caso da Avon: campanhas e cadastrando novas consultoras. “Vejo muitas revendedoras que cadastrei montando seu negócio e através dele pagar as contas da família. Isso é gratificante. Mas tenho percebido que algumas pessoas querem o resultado pra ontem. Trabalhar com vendas é vencer uma guerra todos os dias. Eu nunca havia trabalhado nesse setor. Não é fácil. Requer persistência, paciência, objetivo e foco”, observa.
E quais seriam, então, as características e atitudes essenciais para vender cada dia mais? “Trabalhar com vendas é aprendizado em todos os aspectos, como lidar com o desconhecido, ser persistente, verdadeiro, ter jogo de cintura, ter visão do futuro e saber negociar. Penso que o mercado está carente de treinamento nesse setor! As empresas gastam em propaganda e marketing. Mas sem treinar a equipe, é como jogar todo este trabalho pela janela”, finaliza.
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