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Condomínio na palma da mão: conheça a proposta de Caroline Militz

Uma das melhores maneiras de encontrar um nicho de negócio é criar soluções para simplificar o cotidiano. Foi assim que nasceu o Capese, ferramenta on-line desenvolvida por Caroline Militz e mais três sócios para resolver problemas de comunicação nos condomínios. “Vimos que havia uma necessidade do mercado para o desenvolvimento desta tecnologia, porque a gestão ficava muito ilhada e as informações não chegavam até os moradores”, comenta.

Formada em Administração, a gaúcha de 29 anos decidiu trocar há cinco o mercado de trabalho pela sociedade com o marido e amigos. “Comecei a trabalhar com 16 anos, mas sempre fui muito independente. Trabalhei em uma rede de farmácias por quatro anos. Porém, do atendimento, evolui para gerente financeira da rede. Sempre me dediquei nos empregos pelos quais passei”, continua.

Início

O primeiro passo no mundo dos negócios foi a abertura da agência Zas Up, que presta serviços na área de desenvolvimento digital, como sites e lojas personalizadas. Nesta oportunidade, já criada com os atuais sócios, Caroline assumiu a parte comercial e gerência de projetos, além da responsabilidade de fazer todo o atendimento ao cliente. Porém, o envolvimento com o negócio era tamanho que era aprendeu até a programar.

Em 2011, eles identificaram a falha na comunicação de condomínios, mas lançaram o aplicativo apenas em 2014. “Somos um canal oficial de comunicação. Nossos clientes são condomínios que têm, geralmente, mais de 40 unidades. Com o Capese, é possível fazer reservas de salão, receber reclamações em que o morador consegue fotografar e enviar as fotos ao síndico. Também é possível divulgar serviços aos vizinhos e baixar documentos importantes de acesso a todos os condôminos”, pontua Caroline.

Mudanças

Para Caroline, encarar longas jornadas de trabalho não é uma tarefa árdua, pois ela diz não se importar de trabalhar das 8h até meia noite. Porém, ela observa que “nunca estudou tanto na vida” desde que decidiu investir no próprio negócio.  “A dificuldades que tive e continuo tendo é a questão do conhecimento mesmo. Todos os dias aprendemos uma coisa nova. Falta de conhecimento é um  dos desafios, a parte de venda é algo que realmente quebra. No começo ninguém sabia mesmo como fazer. É bem difícil definir onde buscar, como buscar e manter o cliente”, pontua a empreendedora.

E para quem pretende ter o próprio negócio, ela adianta que ser empreendedor não é estar livre de frustrações. “Estude o mercado em que irá entrar, para ver se aquele mercado vai te apaixonar, pois o segmento em que você atua pode te decepcionar e você terá de começar do zero de novo”, observa.

Além de expandir a carteira de clientes da empresa, que hoje já atua em diversos estados do País, ela também quer que sua empresa tenha soluções tão bacanas que gerem a sensação de orgulho nos colaboradores. “Quero criar uma empresa com propósito”, finaliza.

Camila Bez

Jornalista especialista em contar histórias de superação. Feminista, sonha em criar um mundo mais igualitário e justo para as mulheres por meio da informação e do empoderamento econômico.

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