Esther Moratto não gostava de ler. Quando tinha leituras obrigatórias na escola, ela pedia à mãe que lesse as obras e depois as resumisse verbalmente para ela. No entanto, aos 13 anos, ela começou a ler livros de princesas e sua vida ganhou uma nova perspectiva: a de fazer parte do mundo da literatura. E tanta paixão hoje se transformou em negócio.
A jovem de 21 anos começou escrever as próprias histórias aos 14, mas não tinha coragem de assinar seus livros. Passava-se por outras pessoas até que aos 19 ganhou confiança para assumir suas produções. Além de escrever, ela produzia também as capas de livros de outros autores, até receber como sugestão a ideia de investir no próprio selo. “Embarquei para ver no que dava. Aí começou a surgir autores e autores e vi que o negócio podia funcionar. Juntei minha família e investi na Editora Young”, conta.
Desafios
No mercado desde setembro de 2015, Esther dedica-se noite e dia para fazer a Young Editora crescer cada dia mais. “Não paro de trabalhar. Trabalho de dia, de noite, de madrugada. Faço tudo sozinha. E neste começo tenho sofrido até preconceito por ser muito nova e mulher”, relata ela, sobre as principais dificuldades que tem encontrado para se consolidar no mercado.
Público-alvo
A missão da Young Editora é levar a literatura nacional de um modo diferenciado, mostrando que os escritores brasileiros podem ser tão talentosos quanto os best-sellers internacionais. Por isso, a aposta nos jovens autores, que são divulgados pelas redes sociais.
Uma das estratégias da Young é ganhar mercado externo e, para tanto, as obras de escritores brasileiros são traduzidas para o inglês. Esther investiu ainda na exposição na Bienal do Livro de São Paulo, um dos principais eventos literários do País.
Mais que conquistar mercado cada dia mais, a jovem empreendedora sonha em deixar legado. “Daqui a 10 anos quero ter filhos e netos que continuem o trabalho da editora”, almeja.