Entrevistas

Do luxo ao lixo: a expertise em franquias de Verônica Fontanetti

Investir em uma franquia é o modo mais seguro e barato de investir em um negócio. De acordo com Verônica Fontanetti, que está no ramo desde 1992, o empreendedor que quiser ver seu negócio ganhar franqueados em todo o País terá de montar um modelo que funciona de forma coesa e que o objetivo não seja apenas a expansão pela expansão, mas sim quem tem afinidade, conhecimento sobre o mercado e emprenhado em oferecer um serviço ou produto de excelência. “Temos vários exemplos que foram um tiro no pé. Se a pessoa não tem perfil, não entende de gestão ou não está motivada para se envolver no negócio, a tendência é de que a franquia não dê certo”, adverte.

Paulistana, Verônica é formada em relações públicas, mas ainda na faculdade identificou seu interesse em atuar na área comercial e de relacionamento. Assim, passou por diversas empresas de serviços até que, em 2012, resolveu investir no próprio negócio. “Ou ia abrir uma empresa de serviços ou ia abrir uma franquia. Surgiu a oportunidade de abrir uma Fly Tour [franquia de agência de turismo] no Rio de Janeiro”.

E desde o final de 2015 a empreendedora responde pela direção de expansão da Mão da Dona, franquia de serviços de limpeza profissional, em sociedade com Aline Senna. “É uma rede só de mulheres. Em minha experiência com franquias percebi que em 90% dos casos as mulheres são melhores prestadoras de serviço que os homens. A  mulher é mais cuidadosa, detalhista, amorosa. O cliente precisa desta atenção. Daí vem o nome da empresa, pois a franqueada será sempre uma mulher”, continua.

A Mão da Dona aproveita um mercado criado pela PEC das Domésticas, emenda aprovada em 2013, que prevê a extensão, aos empregados domésticos, da maioria dos direitos já previstos atualmente aos demais trabalhadores registrados com carteira assinada (em regime CLT). Diante do alto custo de manter uma empregada doméstica, a Mão da Dona agencia e treina profissionais para a limpeza de residências e pequenos escritórios. “Temos 20 colaboradores fixos, mas o formato que trabalhamos é diferente. Eu agencio o colaborador, oriento-o a ser MEI [Micro empreendedor Individual] e ele me contrata para que agenciá-lo. Repasso 70% do valor do cliente final e ficamos com 30% da comissão”, explica Verônica, ressaltando que o modelo de negócio está focado em fazer com que todos, franqueador, franqueado e colaborador ganhem.

E para quem quer entrar no ramo das franquias, seja criando ou adquirindo um modelo de negócio, Verônica defende que a empreendedora entenda do negócio e estude muito bem o segmento. “Muitas vezes faço a anti-venda da franquia, porque não quero trazer alguém que não tem 99% certeza de que fez a melhor escolha”, conclui a diretora de expansão e sócia da Mão da Dona.

Conheça a Mão da Dona.

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Camila Bez

Jornalista especialista em contar histórias de superação. Feminista, sonha em criar um mundo mais igualitário e justo para as mulheres por meio da informação e do empoderamento econômico.

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