“Um bom livro e um bom filme muitas vezes são melhores que terapeutas”, defende a psicóloga Fernanda Zechinatto. Depois de anos atuando em clínicas, projetos sociais e lecionando em faculdades, a especialista em Recursos Humanos decidiu se aventurar em um novo segmento: o da literatura.
Fernanda gosta de provocar, refletir e inovar. “Desde pequena escrevia para mim mesma, mas jogava tudo fora. Agora resolvi realmente escrever”, afirma ela. A saída para fazer com que suas produções alcançassem cada vez mais pessoas foi investir no empreendedorismo, sobretudo em produções independentes, que só saíram do papel graças a parcerias colaborativas.
A coleção Tudo Muda de Lugar, lançada em 2015, surgiu a partir da mudança da cidade natal Uberaba, em Minas Gerais, para Itanhaém, no litoral paulista. “Casei em 2000 e meu marido foi morar em Uberaba. Mas mineiro você sabe como é: não pode ver o mar. Amo praia desde criança e me mudar para Itanhaém em 2013 foi a realização de um sonho. Porém a gente acha que tudo é lindo, maravilhoso, mas não é”, lembra, pois após a mudança, o cônjuge ficou desempregado por oito meses e o casal tinha quatro filhos pequenos para criar.
Superadas as dificuldades iniciais de adaptação, Fernanda agora quer trabalhar com a produção literária, voltada para o processo de autoconhecimento. A coleção Tudo Muda de Lugar, por exemplo, foi pensada para estimular o processo de aprendizagem de crianças entre sete e oito anos. “São histórias poemadas. São quatro livros curtos [cada um em homenagem a um filho] para ajudar tanto na fala quanto na escrita das crianças que estão desenvolvendo a linguagem”, continua.
Lançados de forma independente, a escritora agora se dedica à divulgação de sua obra. Além de contatos com secretários municipais de Cultura, para fazer parcerias com a rede pública de ensino, Fernanda também carrega duas ou três coleções na bolsa aonde quer que vá, caso encontre alguém que se interesse pelos livros. “É um desafio, mas meu sonho agora é continuar escrevendo, para fazer com que minhas histórias alcancem mais e mais pessoas”, finaliza.
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