Entrevistas

Para conquistar qualidade de vida, Ana Alice Gallo teve de educar seu público-alvo

Tudo começou com a adoção do seu primeiro gatinho, que ajudou Ana Alice Gallo a curar a insônia. Este fato despertou um insight: por que não trabalhar com animais de estimação? Além de se apaixonar pela ideia, a então jornalista identificou a oportunidade de mudar de ramo e também de São Paulo para Ribeirão Preto. “Nunca me imaginei empreendedora, mas vi uma oportunidade de negócio quando decidi mudar seu estilo de vida. E acabei descobrindo um grande talento”, comenta ela.

Para tornar a ideia viável, ela investiu em cursos técnicos e criou a Cão Vivência, empresa que oferece serviços de bem-estar, qualidade de vida e comportamento para pets. “Oferecemos passeios, serviço de babá durante viagens, adestramento e consultorias.Desde que inciamos as atividades, fui percebendo um talento para lidar com comportamentos animais e me especializando na área. Hoje, temos uma metodologia exclusiva baseada no carinho e na diversão, que alia meus conhecimentos em motivação, jogos, comunicação e comportamento animal.”

Adaptação

Apesar de ser um mercado já consolidado no Brasil – o segmento pet movimenta R$ 14 bilhões por ano, segundo dados do Sebrae-, Ana conta que no interior ainda não havia a cultura de investimento em serviços para animais. “Eu tive que criar e educar o mercado. Os serviços para pets são muito comuns na capital, mas aqui no interior era algo muito novo quando cheguei. Foi uma oportunidade e um desafio ao mesmo tempo. Formar uma base de clientes fieis e parcerias foram fundamentais para que o negócio deslanchasse”, observa.

Com o aumento da demanda, a empreendedora sentiu necessidade também de se especializar. Por isso, ela investiu em cursos de diversos grupos femininos, mentorias e ferramentas para aprimorar as técnicas de gestão da Cão Vivência. “Me arrependo de não ter procurado antes! Também me inscrevi no concurso a Hora de Brilhar e, em 2015, fui uma das 10 finalistas, selecionada entre 900 participantes. Recebi (e ainda estou recebendo) muitas mentorias, cursos, capacitações, e isso fez com que a Cão Vivência desse um salto gigantesco”.

Novo mindset

Ana acumulou bastante experiência corporativa ao coordenar equipes em grandes marcas. Porém, a transição para o mundo dos negócios exigiu uma nova postura. “Sempre me achei muito mão na massa, o famoso pau-pra-toda-obra, sabe? Mas ao empreender você desenvolve uma capacidade absurda de resolver problemas em todos os âmbitos. Não existe mais o ‘fale com o outro departamento’. Ou ‘isso não está no escopo do meu trabalho’. Ou você resolve, ou nada se resolve, especialmente quando você está começando”, acrescenta.

Além disso, ela conta que aumentou sua capacidade de desenvolver as próprias ideias descobriu potenciais e consegue colocar no mundo um empreendimento com os valores que ela acredita. “Meu sonho é consolidar a Cão Vivência como referência em bem-estar animal e poder dar a oportunidade de outras pessoas realizarem seus sonhos, seja trabalhando com nosso método ou abrindo seu próprio negócio. Quero poder dedicar meu tempo a ajudar outras mulheres a empreenderem”, conclui ela, que estimula as demais aspirantes ao próprio negócio a “dar o primeiro passo”.

Camila Bez

Jornalista especialista em contar histórias de superação. Feminista, sonha em criar um mundo mais igualitário e justo para as mulheres por meio da informação e do empoderamento econômico.

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