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Mapeando sentimentos: como conquistar sua autonomia?

Olá, minhas amigas. Muitas já devem estar acostumadas com meus artigos e vídeos sobre os temas relacionados à gestão, otimização e mapeamento de processos, sobre como aumentar a produtividade, entre outros. E nesse artigo também vou falar de mapeamento. Porém, sobre mapeamento dos sentimentos. Saindo um pouco do mundo cartesiano e voltando um pouco ao que nos faz crescer e ter coragem para viver como realmente somos!

Eu começo com a seguinte frase, que foi a que me fez escrever esse artigo: “Escutar sentimentos é a arte de mergulhar na vida profunda e descobrir o manancial de força e beleza que possuímos.”

Vou substituir “escutar sentimentos” por mapear sentimentos. E vocês devem estar se perguntando: o que é mapear sentimentos? Para que serve isso? É mi mi mi de mulher, só pode ser! E aí eu respondo com outra frase: “Quando entramos em sintonia com nossa exclusividade e manifestamos o que somos, a felicidade acontece em nossas vidas”.

E vocês logo me perguntam novamente: o que relação é essa com mapeamento dos sentimentos e felicidade? O que é entrar em sintonia com a nossa exclusividade?

Bem, eu acredito muito que o estar bem reflete diretamente na área profissional. Arrisco até dizer que um bom administrador e líder precisa estar convicto de sua força e em sintonia com a sua exclusividade, pois somente assim terá sucesso ao exercer suas atividades e compartilhar seu trabalho.

Quando partimos do princípio que a sociedade nos move e não nós que movemos a sociedade, nos damos conta que não deixamos escutar nossos sentimentos e nossas vontades, não nos permitimos nos conhecer, somos induzidos pela vontade do outro. Estamos caminhando para o ter e esquecendo de ser. E onde está a nossa autonomia?

Isso tudo ocorre porque fomos treinados para ter medo de pensar sobre nós ou sobre a capacidade de gerenciar nossos caminhos evolutivos. Fomos treinados para atender a expectativas.

Quando não reconhecemos nosso valor, vivemos à mercê dos “estímulos-evolutivos”, ou seja, pessoas, lugares, cargos, instituições e filosofias que nos dizem quem somos e o que devemos ser. Novamente eu pergunto: onde está a nossa autonomia?

Às vezes precisamos de muita coragem para abandonar estruturas que construímos durante a vida e seguir sinais que nos indicam novos caminhos. E nessa fase seremos convocados a responder algumas questões indagadas pelo medo. Conseguirei responder pelo meu futuro? Estarei dando passos seguros para meu melhoramento? Estarei fazendo escolhas por necessidade ou teimosia?

Esse medo surge porque gostaríamos de contar com apenas êxito em nossas escolhas. Adoramos respostas e soluções imediatas, prontas para usarmos. Não queremos correr riscos. Não ser criticados pelos caminhos que optamos. Esse medo ainda reflete a dependência. Nessa hora, teremos que escutar nossos sentimentos e seguir. Ouvi-los não quer dizer escolher o certo, mas optar pelo caminho particular em busca da experiência sentida e conquistada dentro da realidade.

Esse é o “preço” que pagamos para descobrirmos quem somos verdadeiramente. Libertar-se do ego é um parto psicológico. A sensação de insegurança é eminente. Todavia, quando conquistamos a nossa autonomia ou autogerência, criamos a nossa maior defesa, porque estabelecemos limites, produzimos serenidade, dilatamos a confiança e colocamo-nos em contato com as nossas maiores aspirações. E assim a vida nos compensará com emoções enobrecedoras.

Podemos enumerar em quatro as principais vivências que conduzem à autonomia:

  1. Autoestima: é o aprendizado do valor pessoal. Quem se ama sabe sua real importância;
  2. Resistência emocional: é a capacidade de suportar os próprios sentimentos, que muitas vezes levam-nos às crises e opressões em razão da bagagem da alma. Atravessar dores amadurece.
  3. Saber o que se quer: Somente fazendo escolhas, descobrimos nossas aspirações. Algumas dessas escolhas incluem a corajosa decisão de romper com velhas “muletas mentais”.
  4. Escutar os sentimentos: Nos sentimentos está o “mapa” do nosso “projeto de vida”. Aprender a ouvi-los sem os ruídos da ilusão será a nossa sintonia com “Eu interno”.

Autonomia vem da capacidade de libertar-se dos padrões idealizados, assumindo sua realidade em busca do melhor possível. Libertar-se da correnteza da baixa autoestima proveniente do subconsciente.

Portanto, quem adquire autonomia fica bem consigo, torna-se ótima companhia para si e passa a buscar, automaticamente, com mais intensidade, o próximo, o trabalho.

Descubra seu próprio caminho, lute por seus sonhos, celebre sua adversidade aceitando suas particularidades, participe da vida como se é, sinta o gosto de se desligar de uma vida centrada no ideal e realize-se no real.

Priscylla Spencer

Engenheira de produção, especialista em Logística e Gestão de Projetos e entusiasta nos assuntos sobre a relação humana e autoconhecimento. Tem 37 anos, dos quais 14 dedicados ao mercado, nas mais diversas áreas profissionais. Atuou na Vale, Grupo Pão de Açúcar, Camargo Advogados e Rezende Empreendimentos Imobiliários. Em 2011 fundou a Spencer, consultoria especializada em gestão e otimização dos processos. É pioneira no mercado como profissional na área de mapeamento de fluxos e organização dos processos na área jurídica.

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