Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que prevê a distribuição gratuita de absorventes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como parte de um pacote de medidas voltadas às mulheres. De acordo com o Ministério da Saúde, o investimento será de R$ 418 milhões por ano.
Pobreza menstrual é o termo dado à falta de acesso a produtos para manter uma boa higiene no período da menstruação e está relacionada à miséria, bem como a falta de infraestrutura e especialmente o saneamento, mostra o estudo “Pobreza menstrual no Brasil: Desigualdade e violações de direitos” da Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O levantamento demonstrou que mais de 4 milhões de meninas não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais. Segundo o relatório da Scanntech, o acesso à absorventes é uma das questões que devem ser tratadas para trazer dignidade às meninas durante os dias da menstruação.
“O gasto para garantir seis trocas de absorventes por cinco dias para uma mulher durante seu ciclo, varia entre R$ 8,65 e R$ 18,64. É muito triste saber que mesmo sendo valores baixos, muitas mulheres não têm acesso a este insumo”, explica Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech.
Outro fator curioso sobre o consumo de absorventes no Brasil, é que ao mesmo tempo em que temos mulheres sem qualquer acesso à absorventes, a maior parte do consumo de absorventes no Brasil se concentra em produtos de preços médio e alto, que juntos representam quase 90% das vendas.
Fonte: Assessoria Scanntech