Muita gente acha que uma resposta negativa é uma porta que se fecha. No entanto, o não representa exatamente o contrário: leva a várias outras possibilidades disponíveis por aí.
O primeiro não na trajetória de Lilian Sarturato veio do mercado de trabalho, que a dispensou do posto quando ela descobriu que estava grávida. Foi assim que surgiu o Lis Buffet, empresa cujo início contamos aqui no Voa, Maria em 2016.
Para se consolidar no ramo de festas, Lilian sempre apostou na divulgação dos serviços nas redes sociais e sites de compras coletivas, estratégia que deu tão certo que garantiu meses e meses de agenda cheia de clientes.
Altos e baixos
Tudo parecia caminhar bem até que, ávida por crescer mais rápido, a empreendedora investiu em uma parceria. Mas em vez de prosperidade, a união resultou em estresse e hostilidade. “Vivi dias que jamais imaginei viver. Fui humilhada, desvalorizada. Ouvi que jamais passaria de uma empreendedorazinha de ***da”, conta Lilian, que pensou até em desistir do negócio.
Para dar a volta por cima, a empreendedora contou com uma mentoria, em que ela teve de aprender a se impor. “Percebi que era preciso tomar decisões, encerrar parcerias furadas e acabar com as encomendas das coxinhas”, lembra.
Lilian teve de aprender também a dizer não: não ao que não trazia lucro, não às encomendas avulsas que tomavam muito tempo, não às promessas falsas de parceria. “Foi a troca mais gratificante da minha vida. Era o não que eu precisava para mudar o rumo da minha história”.
Realizando sonhos
Hoje a Lis Buffet soma 10 colaboradores, promove, em média, 12 festas por mês e não faz mais encomendas avulsas. E mais: Lilian realizou o sonho que descreveu em sua primeira entrevista ao Voa. Ela conquistou seu próprio espaço físico, o Buffet Verde Quintal.
Glamour? Longe disso. A dona dos buffets está à frente de todos os processos das empresas: faz orçamentos, vendas, atendimento ao cliente, compras, frita salgados e até cuida da limpeza. “Mas não quero só ser inspiração. Quero mostrar que ninguém pode nos diminuir, nos humilhar. E que somos aquilo que queremos ser e podemos superar qualquer obstáculo. Eu era nada, comecei do zero, pedi ajuda, investi e hoje faço o que amo”, finaliza.
