Cerca de 10 milhões de brasileiros produzem artesanato para viver – com um grande detalhe: 90% são mulheres. De acordo com Rita Mazzotti, há 20 anos no segmento de feiras e eventos focados na economia criativa, a maioria das pessoas faz artesanato e vende entre amigos e familiares, mas poderiam se profissionalizar.
O público majoritariamente feminino fala não só da maioria feminina com a mão na massa, criando peças nas mais diversas técnicas manuais, mas também do grande potencial empreendedor delas no setor do artesanato. “Os produtos feitos à mão são vistos cada vez mais com bons olhos pelos consumidores, especialmente pela nova geração, que está antenada a valores como produtos únicos, mão de obra remunerada com salários mais dignos e cadeia de produção sustentável, por exemplo”, explica Rita Mazzotti, organizadora da Mega Artesanal e diretora da WR São Paulo, que atua há 20 anos no segmento de feiras e eventos voltados para a economia criativa.
“A questão é que a maioria das pessoas faz artesanato e vende entre amigos e familiares. Partir para a ação é a solução para a transformação do cenário. Para gerar emprego e renda precisamos transformar artesãos em empreendedores, e esse desejo é uma das grandes razões de nossas feiras existirem”, explica.
Se engana quem pensa que o artesanato parou no tempo e ficou como hobby da vovó. “O mercado do artesanato que nunca parou de crescer, agora está ganhando não só mais volume, mas também valor e visibilidade. As maiores marcas de luxo do mundo também estão de olho nesse movimento. A Louis Vuitton investiu milhões para treinar artesãos, a Hermès inaugurou a própria escola de treinamento de artesãos na França, por exemplo”, contextualiza Rita, que habitualmente viaja para as maiores feiras e eventos do mundo em busca de referências e inspirações para trazer ao Brasil.
Rita Mazzotti é sócia fundadora da WR São Paulo, especializada na promoção e organização de feiras e congressos, nacionais e internacionais, iniciou suas atividades em 1992, com a realização de eventos para o setor florestal. Em 2003, entrou no setor de arte, artesanato e artes manuais e, desde então, responde pela realização das principais feiras do setor, com ênfase na oferta de cursos, oficinas e workshops para capacitação e reciclagem de técnicas e de espaços de inspiração, com exposições, simulações de ambientes e instalações.
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