Entrevistas Moda

Para aumentar lucros, Carla Silva, da Chloé Acessórios, apostou na customização

Sabe quando o planejamento da Chloé Acessórios para o Natal começou? No meio do ano. Isso porque Carla Silva espera que sua empresa de acessórios, joias e semijoias venda 30% a mais neste fim de ano em comparação ao mesmo período de 2015. Para isso, além de investir em embalagens temáticas, ela também preparou campanhas para orientar clientes a realizar pedidos com, pelo menos, 45 dias ante do Natal.

Mas quem vê toda a demanda da Chloé Acessórios nem imagina que a empresa começou de forma despretensiosa há dois anos. “Sempre amei joias e desmontei minhas bijus, que remontava com um design diferente. Esta customização chamou atenção de amigas que queriam peças iguais às minhas. Em certa ocasião, fiz uma compra para uso meu mesmo em uma fábrica de joias, porque achava tudo muito caro e com pouca qualidade. Comprei o valor mínimo do atacado na época e e fiquei muito encantada quando recebi as peças em casa. Vi naquela encomenda uma oportunidade de negócio, mas acabei deixando de lado por um momento este sonho, pensando que talvez não fosse viável”, lembra Carla.

Natural de Mogi das Cruzes, em São Paulo, ficou surpresa ao perceber o interesse das colegas de trabalho nas peças que ela produzia. Foi assim que ela recebeu seus primeiros pedidos. “Comecei a revender as peças com um percentual de lucro bem pequeno. Mas quando pediam para eu trocar a cor de uma pedra, colocar um extensor ou até mesmo trocar a base de um brinco, agregava o valor da customização ao preço final, o que fez com que estas vendas quase se igualassem ao meu salário mensal.”

Especialização

Gestora financeira por formação, Carla decidiu que era hora de profissionalizar o negócio. Por isso, ela “colocou os pés no chão”, precificou adequadamente as peças e traçou seu plano de negócios, em que ela percebeu que o negócio era viável, mas que precisava ser expandido. “Era necessário alcançar mais pessoas, o que poderia ser feito em ambiente virtual, já que loja física não era o meu objetivo naquele momento”, lembra.

A empreendedora então investiu em uma loja virtual e, com a ajuda do irmão – que faz todos os projetos das peças personalizadas-, conseguiu ampliar o portfólio de produtos. “Temos recebido muitos pedidos de mães que querem eternizar o carimbo da maternidade de seus filhos, ou mães que querem presentear as avós com uma joia com os nomes dos netos, vovós que querem presentear suas filhas com joias personalizadas com foto, esposos que encomendam colares com o nome do casal, entre tantos outros motivos e modelos”.

Mas para melhorar o desempenho da empresa, ela investe em conhecimento – que foi, aliás, sua principal dificuldade para consolidar o negócio. “Além de vendas, tenho buscado especialização nas áreas de empreendedorismo e de design de joias também, mas ainda tenho muito o que aprender”, conclui a empreendedora, cuja única fonte de renda é a Chloé e que agora sonha em ter uma loja física, virar uma grife e, a longo prazo, transformar seu modelo de negócio em franquias.

Camila Bez

Jornalista especialista em contar histórias de superação. Feminista, sonha em criar um mundo mais igualitário e justo para as mulheres por meio da informação e do empoderamento econômico.

Você também vai gostar de

Posts populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *