Todos os dias Vanessa Silveira acorda cedo, leva o filho à escola, depois pratica crossfit. No fim da tarde, volta pra casa, prepara a janta, acompanha o filho na lição de casa e tira um tempinho para se cuidar. A rotina dela é bastante semelhante à de tantas e tantas brasileiras. A única diferença é que, em sua jornada de 9 ou 10 horas diárias, ela comanda uma rede de franquias especializada em micropigmentação e que leva o seu nome.
Até o fim do ano, ela pretende aumentar de 11 para 25 unidades o número de franqueados. Porém, não foi do dia para a noite que ela conseguiu criar e estabilizar a própria marca, além de encontrar pessoas que acreditassem no sonho dela. “Ninguém nasce empreendedor, vamos nos tornando. O segredo do bom empreendedor é adquirir conhecimento”, conta.
Começo
Formada em Relações Públicas, Vanessa lembra que sempre foi bastante curiosa. Assim, aos 24 anos conheceu o marido e foi morar em Santa Catariana. Mas para acompanhá-lo, já que ele trabalhava com energia eólica, descobriu na Alemanha a técnica de micropigmentação e decidiu apostar na ideia. “Descobri o que a micropigmentação poderia fazer, mas que não era um mercado explorado no Brasil. Mas como eu não tinha verba para montar clínicas no País inteiro, precisava de um formato para que outros empreendedores multiplicassem a minha ideia.”
Mas mais do que uma boa ideia, ela precisava de conhecimento. Assim, investiu nos cursos Empretec e de Franchising, ambos do Sebrae. “A mulher que tem o sonho de ser empreendedora precisa dar o próximo passo. Se ela trabalhar direito, não tem como não dar certo. A grande vantagem de empreender é fazer tudo com mais amor. Quando a gente tem o próprio negócio faz com amor e faz com que que de certo”, continua.
Franquiados
Administrar uma rede de franquias não é tão simples. Além do investimento inicial que de R$ 65 mil ou R$ 135 mil, o candidato a franqueado da Vanessa Silveira tem de mostrar dedicação intensa. “Infelizmente ainda tem gente que pensa que, por ter o próprio negócio, ele não vai fazer nada. Também é comum achar que a marca tem que trabalhar por ele, achar que ele, enquanto franqueado, tem no que fazer nada. É um erro gravíssimo e certamente a pessoa não vai seguir adiante. A marca ensina o modelo de negócio certo, mas não o faz dar certo. Cabe ao franqueado atrair e tratar bem os clientes”, explica Vanessa.
Porém, passado o processo seletivo inicial de empreendedores que vão levar sua marca adiante, Vanessa conta que se sente extremamente orgulhosa por ver o seu sonho se tornar realidade e também por ajudar outras pessoas a empreender. “Mas sonho com mais estabilidade e também em continuar sendo uma marca de referência no setor”, conclui.
