“Acreditei no mercado de cabelo crespo porque as pessoas não acreditam neste nicho, pois acham que a mulher negra não tem dinheiro. Mas ela é muito carente de tratamento e quer ter um cabelo bonito e bem tratado”, adianta Cida Fernandes, criadora do Instituto de Beleza Defrisée.
Ainda que investisse em pedagogia e nutrição, a mineira Cida sempre gostou de estética, habilidade que já estava presente da família. “Minha irmã se aposentou na área. Tinha três salões em BH [Belo Horizonte]. Quando ía a BH ‘fazer o meu cabelo’, trazia produtos que só encontrava lá para aplicar nas clientes de São Paulo, onde moro. Fiz cursos e me especializei até conseguir abrir o meu primeiro salão em Mogi das Cruzes com o auxílio da família”, lembra.
Cida lembra ainda que há 20, 30 anos, não tinha produtos desenvolvidos para o tratamento de cabelos crespos. Assim, ela mesma decidiu ir além do que o mercado já oferecia.
Privilégio
Para a empresária, trabalhar com a autoestima das clientes é um privilégio. Por isso, ela uniu 20 anos de experiência com muito estudo para, além de tratar cabelos crespos, desenvolver produtos e técnicas para reverter o efeito dos alisamentos. “Hoje trabalhamos com nossos próprios produtos e atender diversos tipos de cabelo das clientes do salão. Estudo princípios ativos e conto com o apoio de um engenheiro químico, que indica o que pode ou não misturar nas composições.”
Além da própria pesquisa, Cida conta ainda com o auxilio de empresas alemãs e japonesas, que indicam materiais para criar tratamentos para fios crespos e quimicamente tratados. “Fazemos uma análise do cabelo e testes para chegar ao melhor resultado. Com a nossa técnica, conseguimos chegar a um cacheamento de até 90% do que apresentava o cabelo natural”
Dificuldades
Apesar de ter um salão consolidado no Belém, bairro da capital paulista, e atender cerca de 900 pessoas por mês, Cida ainda enfrenta dificuldade para expandir seu negócio, pois, para isso ela precisa atrair investidores. “Por enquanto, estou investindo na imagem positiva da empresa, conquistando mídia espontânea”, revela. “Mas meu sonho é encontrar estes investidores para que possa desenvolver cada vez mais produtos e, assim, atender mais diversidade de fios que existem no Brasil. Não existe outro país no mundo que tenha tantas amostras de cabelos diferentes”, comemora ela.
Bom dia gostaria de saber esta Cida morou em Mogi das Cruzes e trabalhou nas Casas Bahia?
Agradeço se puder responder.