Sempre defendo, com unhas e dentes, que você, empreendedora, precisa organizar suas finanças para não prejudicar a administração do seu negócio. E separar as contas pessoais das da pessoa jurídica é essencial pode ser uma dificuldade enorme para nós, mas, no entanto é fundamental para garantir a sustentabilidade e lucratividade da empresa.
Você não deve jamais enxergar o lucro da empresa como a sua renda mensal (aquele dinheiro que irá arcar com suas despesas pessoais).
Você, como dona do negócio, não pode considerar suas necessidades pessoais mais importantes que as do seu empreendimento. Seu negócio é como um filho. Se você só tiver um prato de comida, mesmo que esteja passando fome, vai optar em garantir a refeição do seu filho, certo? Ou estou mentindo? Então, não se aproprie, descontroladamente do lucro do negócio para fins pessoais. Organize isso!
Se você investiu em um negócio é porque acredita que ele pode dar muito certo. Então, precisa investir nele antes de colher os frutos. Portanto, a maior parte do lucro deve ser investida na própria empresa. Logo, logo, seu negócio vai te prover.
Reuni aqui algumas dicas para não misturar dinheiro da pessoa jurídica com o seu pessoa física.
Saiba o custo da “Sua Vida”!
Se planejar financeiramente para empreender irá garantir seu sustento e do próprio negócio. Antes de começar, é primordial conhecer claramente quanto custa para você, se manter, manter sua casa, e família (se for o caso). Monte um orçamento levantando todos os valores que desprende ao longo dos meses para cobrir todas suas despesas pessoais.
Tenha uma reserva financeira que cubra suas despesas pessoais por pelo menos seis meses, sem depender dos recursos do negócio!
Dificilmente uma empresa (sim, por menor que seu negócio seja ele é uma empresa) começa a dar resultados significativos que te permitam fazer retiradas de pró-labore (seu salário) antes de seis meses de vida. Portanto é crucial que você tenha uma reserva financeira para isso. Faça essa reserva baseada no seu orçamento de vida, que cito na dica acima.
Calcule corretamente o preço de venda de seus produtos e serviços, incluindo o percentual referente ao seu pró-labore!
Para poder ter acesso a um salário no final do mês proveniente do seu negócio, é necessário que tudo que vende cubra parte desse valor, que se tornará seu pró-labore e te permitirá arcar com suas despesas pessoais.
Defina seu salário de empreendedora
Para estabelecer o salário que o negócio irá te pagar, é possível considerar três situações. A primeira é baseando-se em quanto você ganharia se estivesse executando as mesmas tarefas em outra empresa. A segunda é baseando-se em suas necessidades (aqui abrimos mão daquilo que não é tão essencial assim) pessoais. Consideramos apenas os seus gastos irredutíveis. Em muitos momentos, a empreendedora não pode se dar ao luxo de ter um salário maior que suas necessidades. E a terceira é levando em conta a realidade do negócio. Não dá para fixar um valor que comprometa planos de investimento e o funcionamento do empreendimento.
Entenda que sua empresa é seu maior investimento
Você acredita no seu negócio? Então, por que tirar o dinheiro que poderia ser reinvestido para impulsionar o crescimento dela e deixá-lo no banco como pessoa física? Não estou dizendo que você deve acabar com as suas reservas pessoais, mas é preciso valorizar o seu ativo mais importante. Se o seu sonho é grande, a empresa precisa ser prioridade.
Separe fisicamente a conta do negócio da sua pessoal!
Aqui estamos falando da parte prática, como conta bancária, talão de cheques, cartões de crédito, faturas e boletos de fornecedores. Os seus pessoais devem ser em seu nome e cpf e os do negócio em nome e cnpj (preferencialmente) da empresa. Como saber quais são as reais despesas do seu negócio se você usou o cartão da empresa para abastecer o carro no final de semana, pediu para a secretária pagar a escola dos seus filhos ou bancou vários cafés durante o mês? Se gastos pessoais são incluídos na conta, fica mais difícil entender o que está acontecendo no seu negócio. Bagunça inclusive, aquela matemática básica de que o lucro = receitas – gastos.
Não se engane
Os lucros do negócio precisam ser reinvestidos no negócio, mas os investimentos na empresa também precisam ser classificados por prioridades. Ao definir em que vai investir, sempre considere a máxima de que: “O que o consumidor não vê, não tem valor”. Que diferença faz para o consumidor se o braço da sua cadeira de trabalho está rasgado?”
O controle com gastos supérfluos precisa existir na empresa e a empreendedora precisa resistir à tentação de criar regalias para si mesma dentro do negócio. Hoje em dia o celular é fundamental para o bom atendimento e funcionamento de qualquer empreendimento, mas seu negócio precisa mesmo daquele aparelho de última geração com uma câmera de 1610 pixels que custa os olhos da cara?
Esteja comprometida de fato com seu sonho de empreender
Usar o dinheiro da empresa para despesas pessoais é, além de tudo, um desrespeito ao seu sonho de ter um negócio lucrativo e sustentável. Se você ainda não tem uma planilha de despesas pessoais nem estabeleceu quanto tira da empresa para os seus gastos, é hora de tomar uma atitude.
Separar a conta da empresa da sua conta pessoal é um dos itens mais importantes na hora de controlar e gerir as finanças do seu negócio. E aí, agora me conta, você já separou suas contas pessoais das do seu negócio?
Compartilhe comigo lá no meu whtasApp através desse link http://bit.ly/AlineMadeira suas dificuldades, suas ideias e me ajude a aprimorar nossas discussões.
Um beijo, e até!
