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Joana Selistre une constelação familiar e advocacia em prol dos clientes

A vida é fantástica, divertida e magnífica. Esta é a visão de Joana Selistre, 38 anos, advogada sistêmica e especialista em constelação familiar. Mas nem sempre a vida lhe pareceu tão doce.

A gaúcha natural de Porto Alegre cresceu em um ambiente familiar conflituoso. Os pais se separaram quando ela tinha apenas um ano e, por isso, cresceu como “a menina dos ruídos” ou “a boca do pai e da mãe”, já que ambos não se falavam.

Aos 14 anos, perdeu a mãe e, obrigada a morar com o pai, teve a oportunidade de conhecê-lo melhor e desmistificar a visão que tinha dele até então. “Toda a minha questão familiar me levou para o Direito de Família. Não via maldade em nenhum dos lados [da mãe e do pai]. Então, para mim, esta área foi muito fácil”, conta.

Crédito: Arquivo pessoal

Mais que advocacia

Formada em Direito, Joana começou seu negócio sozinha, com apenas uma carteira de clientes. E, além do Direito de Família, ela descobriu na constelação familiar [leia mais sobre a técnica aqui] mais que uma fonte alternativa de renda. Era uma ferramenta importante em seu trabalho, já que a abordagem facilitava a resolução dos processos dos clientes. “Todos os problemas podem ser resolvidos com constelações familiares, pois é uma forma de olhar histórias de vida com amor e gratidão.”

Mas engana-se quem pensa que ser consteladora é um processo simples, “da noite para o dia”. Joana conta que investiu alto em formações, algumas delas até internacionais, além de especializações em constelação para Direito Jurídico.

Dificuldades iniciais

A advogada e consteladora familiar conta que a melhor forma de divulgação do seu negócio é a indicação. Por isso, a principal dificuldade que enfrentou no início do negócio foi criar este fluxo de clientes, para que estes clientes pudessem trazer mais e mais clientes. “Tive de ter paciência até começar a ter este reconhecimento no mercado”, pontua.

O esforço, no entanto, valeu a pena. Além de poder trabalhar do “seu próprio jeito”, alinhada com valores e filosofia de vida, Joana conta que uma das maiores vantagens em ter o próprio negócio é não ter limite salarial. “O empreendedor tem muitas superações, pois é tudo por ele mesmo”, observa.

Joana atende, em média, 25 clientes por mês e tem faturamento de R$ 100 mil por ano, valores que resultam de honorários, constelações, palestras e formações para aspirantes a consteladores. Para conquistar tais números, ela aconselha contar com bons mentores. “Contrate uma pessoa que entende de negócio estruturado. Tenho uma pessoa que me ajuda neste sentido”, aconselha.

Crédito: Arquivo pessoal

Próximos passos

Expansão. Este é o objetivo da advogada, que planeja atender mais clientes de demandas jurídicas ou não. “Sonho também em ajudar mais pessoas e famílias a se tornarem mais harmônicas e felizes, para que possam superar suas situações com amor. Assim, as pessoas perceberão que é muito bom viver, que existe uma forma maravilhosa de viver e que a cura está dentro delas”, conclui.

Camila Bez

Jornalista especialista em contar histórias de superação. Feminista, sonha em criar um mundo mais igualitário e justo para as mulheres por meio da informação e do empoderamento econômico.

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